quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Curso de História realiza Grupo de Estudos e pesquisa História oral e memória

Curso de História e Ciências Sociais realizam Grupo de Estudos e Pesquisas. História: memórias no plural. 


           O Grupo de Historia Oral Tem como Líder, Telma Bessa Sales, e como Pesquisadores, Igor Alves Moreira, José Valdenir Rabelo Filho, Viviane Prado Bezerra, Nilson Almino de Freitas, contando ainda, com a participação de alunos dos cursos de História e Ciências Sociais, os encontros acontecem quinzenalmente no Centro Ciências Humanas - CCH, da Universidade Estadual Vale do Acaraú. Através de discussão de textos de autores como, Alessandro Portelli, Verena Alberti, Marieta de Moraes Ferreira e outros,umas das idéias de constituição deste curso é assumir uma abordagem multidisciplinar, objetivando o desenvolvimento de parcerias e/ou diálogos com projetos que requerem a constituição de documentação por meio da oralidade. Isto implica uma compreensão da Historia oral como um trabalho de relações, entendendo o específico no tratamento com fontes orais aponta para uma reflexão sobre os diversos aspectos que envolvem o fazer pesquisa com Historia oral incluindo abordagens teóricas, metodologias, técnicas, narrativas como fonte, o direito ao esquecimento, subjetividade, etc.
            Em permanente diálogo e interlocução com outras fontes/metodologia de pesquisa, a História oral alargou o campo do conhecimento numa dimensão que insere novos sujeitos e as narrativas históricas. Esta compreensão implica refletir sobre usos da História oral nos estudos sobre a transformação social e o lugar dos sujeitos nela e sobre os modos como os homens constroem sua própria história num determinado tempo e espaço. Tendo como objetivos, Discutir procedimentos metodológicos na apreensão dos significados mais profundos dos enredos construídos na interlocução entre pesquisador e entrevistados; Compreender o contexto do surgimento de história oral contemporânea; Estudar o trabalho de campo da história oral com “pessoas comuns” e as interfaces com outras ciências; Refletir questões como ética da história oral, relação com fontes, conferência de informações, manejo de depoimentos, aprovação final e co-autoria. As Atividades tiveram inicio no segundo semestre de 2011, e devem continuar no ano 2012.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FUNCAP LANÇA EDITAL PARA NOVOS BOLSISTAS

A Fundação Cearense de apoio à Pesquisa - FUNCAP acaba de lançar edital para a seleção de novos bolsistas, procure o seu professor e saiba se o mesmo não tem algum projeto de pesquisa voltado para este edital, mais informações acesse o site da Universidade Estadual do Vale do Acaraú - UVA ou pelo link: http://www.uvanet.br/ini_cien/documentos/ini_edital_funcap_uva_20122013_revisado_israel.pdf

MENSAGEM DE NATAL A TODOS QUE FAZEM O CCH

menina-voadora.blogspot.com
“Então é Natal, o que você fez, o ano termina e nasce outra vez’’, um dos versos mais presentes nas ruas da cidade, nos grandes supermercados, nos salões comerciais e nas emissoras de rádio e Tv e apresentam uma versão romântica de um período celebrado por algumas Igrejas cristãs como período de Nascimento de Jesus Cristo, o Natal, por si só já nos remete aos presentes, ao peru assado, ao papai Noel, enquanto o humanismo e o verdadeiro sentimento de amor e humildade sucumbe com o avanço dos novos relacionamentos sociais, pondo em colapso a relação pai e mãe, filho e filha, país e filhos e homem e mulher.
Não é á toa que grandes sucessos do passado, como músicas, cantores, compositores e programas televisisvos ressurgem com uma grande aceitação popular, quem nunca ouviu a música “Emoções’’ cantada por Roberto Carlos nas noites enluaradas de solidão? Quem nunca mergulhou no ritmo caliente de Alípio Martins? Quem nunca acessou o You Tube ® para rememorar os clássicos da Televisão brasileira, como o palhaço Bozo, Chacrinha, O fantástico mundo de Bob entre outros que marcaram gerações.
São nossas buscas cotidianas por um valor mais humano que nos faz viver relembrando nossa adolescência e nossa infância que foram vivenciadas à pouco tempo, mas para nós parece que foram eternas. O Amor perdeu seu real valor, transformou – se num amor doentio e de pertencimento do outro. A humildade tornou – se algo estritamente ligado à pobreza, porém nem esta gosta de ser chamada de humilde. O Respeito antes destinado aos idosos agora se faz por meios de repressão e uso da violência. A Moral? Se é que existe moral, quando nos fazemos seres propagadores de um sentimento conservador frutos do nosso passado colonial.
Natal dos anos 60. Natal dos anos 70. Natal dos anos 80. Natal dos anos 90. Natal do novo milênio. Qual será o novo Natal? Se é que com toda essa perda de rumo da sociedade teremos um novo Natal? Ou voltaremos para o estágio de barbárie total, haja vista que nem os próprio seres humanos sabem ser Humanos.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
FAÇA SEU NATAL MAIS HUMANO, SEJA HUMANO!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

I ENCONTRO ANUAL DOS PET's: UVA e UFC

ENCONTRO ANUAL DOS PET's: UVA e UFC

TEMA: PET E COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA: APRENDENDO A PESQUISAR, A ENSINAR E AGIR NA SOCIEDADE ATUAL.

DATA: 05 E 06 de DEZEMBRO

Local: Auditório Central da UVA – Campus Betânia

INSCRIÇÕES: ATÉ O DIA 30 de Dezembro de 2011

PROGRAMAÇÃO

SEGUNDA-FEIRA - 05/12

17: 30  Credenciamento

18: 30  Recepção -  Voz e Violão – Exposições de vídeos

Tema da Mesa Redonda:

19: 00  Abertura do Evento( Reitor: Antônio Colaço Martins; Pró-reitores: PROGRAD, PROEX, PRPPG e CLA )

19: 25 Mesa redonda ( TUTORES , PET Pedagogia-Israel Rocha Brandão; PET História- Carlos Augusto; PET Psicologia-Pablo Severiano Benevides; PET Saúde da Família- Maristela Inês Osawa; PET Saúde Mental- Eliany Nazaré Oliveira).

TERÇA-FEIRA 06/12 MANHÃ E TARDE

8: 00 ás 12: 00 – MINICURSOS

1.  Contação de história: a  magia de contar  histórias
Facilitador: Arte-Educadora - Geisiane Alves de Andrade

2.  O Cinema na sala de aula: estratégia e possibilidades.
Facilitador:  Luís Carlos   – PET História.

3.Construção de Jogos  matemáticos.
Facilitador(a):  Maria Conceição e Wellidiana Rodrigues Mouta Viana -  PET Pedagogia.


4. Elaboração de Currículo Lattes.
Facilitador(a): Profa. Dra. Ivna Holanda

5.A territorialização como estratégia de saúde da família: conhecendo a comunidade.
Facilitador(a):  Preceptora : Keila Maria Carvalho Martins - PET Saúde da Família

6. Cenário das diferenças: experiment(ações)
Facilitador: PET Psicologia

7. MTC – Metodologia do Trabalho Científico
Facilitadora: Profa: Maria Gorete

8.História e Pedagogia : entre fronteiras e parcerias
Facilitador: Thiago Braga PET História


NOITE

19:00: CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

Palestrantes:  Eurípedes Antônio (Doutor em história-USP,Pós- Doutor em História-UNICAMP) e Érica Atém Gonçalves ( Graduada em psicologia-UFC;  Doutorando em Educação -UFC;Coordenadora do Projeto Maquinarias; Professora de psicologia).

20:00: Atividade Cultural

21:00: Coquetel e Exposição ( fotos, vídeos , banners, etc) de cada grupo  PET.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

III Visualidades de 28/11 a 02/12


 


Saiu a programação definitiva do III Visualidades, mostra de documentários, exposições fotográficas e de artes plásticas que tem como proposta fazer uma relação entre pesquisa social e imagem. Acontecerá entre 28 de novembro e 2 de dezembro no Centro de Ciências Humanas da UVA e na Faculdade Luciano Feijão, na cidade de Sobral/CE.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PET História participa do XIII Encontro de Iniciação Científica da UVA


"A Universidade Estadual Vale do Acaraú iniciou nesta segunda-feira, 17 de outubro, no campus da Betânia, o XIII Encontro de Iniciação Científica, que este ano tem como tema “Ciência, Cultura e Inovação: os desafios da Universidade contemporânea”.

A abertura do Encontro teve conferência da Professora Stela Meneghel da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) e contou com a presença da Vice-reitora da UVA, Palmira Soares, que representou o Reitor Antonio Colaço Martins, impedido de estar presente ao Encontro. Na primeira noite do Encontro foram feitas a premiação dos melhores trabalhos apresentados em 2010, no XII Encontro de Iniciação Científica.

O Encontro reúne trabalhos de pesquisa de estudantes da UVA e de outras instituições de Ensino Superior. Foram inscritos 708 trabalhos nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharia, Lingüística, Letras e Artes. Foram selecionados para apresentação 668 trabalhos, o que representa um aumento de 40% no número de trabalhos submetidos. A área com maior número de trabalhos selecionados foi da das ciências da Saúde, com 254, seguida das Ciências Humanas, com 153 trabalhos.

Segundo a coordenadora de Iniciação Científica da UVA, Virgínia Célia Cavalcante de Holanda,“o encontro representa um dos momentos mais profícuos para os nossos acadêmicos, seja como bolsistas dos programas de Iniciação Cientifica do CNPQ, FUNCAP e PIC/PBU/UVA, seja como pesquisadores voluntários, que participam dos grupos de pesquisas e dos laboratórios existentes na Universidade”, explica". Fonte: http://www.uvanet.br/

Os bolsistas do Programa de Educação Tutorial - PET, participaram apresentando suas pesquisas de monografia e/ou de pesquisa do próprio PET.


Esposição de Pôsters na Praça da Integração no Campus da Betânia/UVA


Postado por:
Francisco de Sousa e Aline Mendes Lopes,
Bolsista PET.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Aberta as incrições para o I Seminário PET História UVA


O I Seminário PET ocorrerá nos dias 17, 18 e 19 de Agosto no Campus do Junco, com a temática História e Documentos e contará com a presença do Professor Doutor Eurípedes Funes (UFC), da Professora Doutora Adelaide Gonçalves (UFC), do Professor Doutorando Raimundo Nonato R. Souza. (UVA), da Professora Doutora Telma Bessa (UVA) e do Grupo PET Pedagogia.
As inscrições para o I Seminário PET: História e Documentos poderão ser feitas na coordenação do curso de História no período de 03 a 16 de agosto, para ouvintes, e de 03 a 12 de agosto, para quem for apresentar trabalho. O valor das inscrições é de R$: 5,00.
Quem desejar apresentar trabalho deverá levar um resumo simples no ato da inscrição e enviar para o e-mail: pethistoriauva2010@gmail.com, seguindo o eixo temático do Grupo de Trabalho desejado.

Para apresentação oral nos GT’s, o inscrito deve apresentar um resumo simples com Título, Autoria, Orientador (se houver), Instituição e E-mail em Letra Times New Roman 12, espaço simples, de12 a 20 linhas, com três palavras-chaves.

A ficha de inscrição encontra-se na Xerox do CCH ou Baixe Aqui.


Postado por:
Francisco de Sousa,
Bolsista PET.
I Seminário PET
História/UVA
História e Documentos

PROGRAMAÇÃO

17/08/11- Quarta-Feira.
18:00h às 19:30h – Credenciamento.
19:00h às 19:30h – Abertura.
19:30h às 20:30h – Conhecendo o Grupo PET História UVA.
Apresentação: Tutor e Bolsistas PET.
20:30h às 22:00h – Grupos de Trabalho – Apresentações orais.

18/08/11- Quinta-Feira.
09:00h às 11:00h – Escola na Universidade.
14:00h às 18:00h – MINI-CURSOS.
19:30h às 22:00h – Palestra: PET HISTÓRIA UFC: Trajetórias de Uma História.
Prof. Dr. Eurípedes Funes (UFC).

19/08/11- Sexta-Feira.
09:00h às 11:00h – Escola na Universidade
14:00h às 18:00h – MINI-CURSOS.
18:30h às 19:30h – Programação Cultural
19:30h às 22:00h – Palestra: Jornal: Memória, Documento e Fonte Histórica.
Prof. Dra. Adelaide Gonçalves (UFC).

MINI-CURSOS:
1.      HISTÓRIA AMBIENTAL Ministrante: Prof. Dr. Eurípedes Funes. (UFC)
2.      PALEOGRAFIA
Ministrante: Prof. Ms. Raimundo Nonato R. Souza. (UVA)
3.      HISTÓRIA ORAL: Possibilidades de Uma Metodologia de Pesquisa.
Ministrante: Profª. Dra. Telma Bessa (UVA)

OFICINA:
1.      Universidade que queremos e a universidade que estamos construindo.
Ministrantes: PET Pedagogia UVA.

GRUPOS DE TRABALHO:
1.      Inventários, Testamentos e Documentos Paroquiais.
2.      Jornais e Revistas.
3.      Processos Criminais e Judiciários.
4.      Fontes Iconográficas, Orais e Literárias.
5.      Documentação do Poder Executivo, Legislativo, Comercial e Fundos Privados.



Organização:
Grupo PET História UVA.
Sobral
2011


Postado por:
Francisco de Sousa,
Bolsista PET.

terça-feira, 26 de julho de 2011

I Turner PET – 1 e 2 de julho de 2011


O PET História da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA foi um dos novos grupos criados pelo Edital 2010, que teve em sua proposta temática a Preservação e Catalogação de Documentos, visando dar maior suporte à formação do aluno no que concerne às implicações deste tema, relevando ao ensino, pesquisa e extensão dentro de nossa universidade, além de fortalecer e dar maior visibilidade ao NEDHIS - Núcleo de Estudos e Documentação Histórica. E agora o primeiro semestre de atividades se encerra.

Durante todo o primeiro semestre de 2011, o nosso grupo PET planejou uma Turnê de reconhecimento de espaços de memória pelas regiões próximas à cidade de Sobral, a qual é sede da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Muitas datas e destinos foram cogitados e algumas decisões foram por demais modificadas.

Finalmente o semestre chegou ao fim e a data escolhida ficou sendo o primeiro final de semana do mês de julho, dias 1 e 2. O destino seria a Casa da Memória de Tianguá, Memorial Clóvis Beviláqua de Viçosa do Ceará, Instituto José Xavier, em Granja, e a Cidade de Camocim como espaço de memória. Tudo isso a ser visitado durante o final de semana.

Visitaremos esses lugares, privados e públicos, que de forma diversa, trabalham para a preservação da história desses lugares. Assim mesmo já nos disse o nosso Tutor Carlos Augusto em seu blog Camocim Pote de História.

O embarque deu-se bastantes cedo. Às 7 horas da manhã, de sexta-feira, o ônibus saiu da Praça Santo Antonio, na cidade de Sobral, em direção ao primeiro destino: Tianguá. Mas antes uma paradinha em um posto de gasolina para que, com um bom café da manhã, consigamos aguentar a viagem inteira...


Casa da Memória de Tianguá.

O Memorial era dividido em duas sessões, ou andares distintos. Uma era a sessão de acervo sacro e a outra de objetos de uso cotidiano de habitantes da própria cidade, dando um ar mais pessoal ao local, mesmo não recebendo muitas visitas e sendo tratado, às vezes, como depósito de quinquilharias.

Chegamos a cidade de Tianguá ainda cedo. Nem eram nove horas direito quando estacionamos frente ao prédio da Casa da Memória da cidade de Tianguá, onde uma simpática senhora nos atendeu e nos mostrou o acervo da casa. Destacando a tentativa real, por parte de nossa guia, de fazer daquele espaço um local acolhedor e amigável a todos que o visitam, mesmo não recebendo o menor incentivo por parte da prefeitura.

O primeiro piso era usado para guardar o acervo de memória da cidade. Era um local de pouco espaço, mas muito bem aproveitado. O corredor inicial tinha suas paredes cobertas de fotos e pôsteres e o chão seguia de amontoados de objetos diversos, que ia desde baús a jarros, passando por fotos, jornais e televisores.

Ao fundo havia um cômodo em que era organizada a exposição principal. Feita de muito bom grado pela Senhora que nos acompanhou como guia, que também nos servia de guia aquela manhã do dia primeiro de julho. O acervo tentava seguir uma linha cronológica evolutiva, destacando os objetos que iam dos mais antigos aos mais recentes. Televisores, rádios, telefones, datilógrafas e computadores existiam aos montes, sem descartar o belíssimo acervo numismático que havia ali. No entanto, o excesso de objetos poluía visualmente o ambiente.

O segundo piso guardava o acervo sacro da cidade. O espaço de um apartamento abrigava estátuas e fotos de diversos períodos da cidade de Tianguá, destacando nomes ilustres que fizeram parte do imaginário da cidade. Sem deixar de lado o numeroso acervo iconográfico presente ali no formato de banners dispostos ao decorrer do corredor principal, em que eram retratadas diversas ocorrências políticas e clericais.

O Memorial da Cidade de Tianguá é uma tentativa singela de resgatar a memória de uma cidade que erige uma relativa opulência dentro da serra da Ibiapaba, mas que pouco se lembra de suas raízes ou de seus filhos não tão ilustres assim, como é o caso daqueles que percorrem as ruas sem olhar os prédios ao redor...
Memorial Clóvis Beviláqua da Cidade de Viçosa do Ceará.

O Memorial Clóvis Beviláqua é um espaço impecável de organização e beleza estética por parte do prédio que o abriga. Presente em uma rua não tão visível aos turistas, o Memorial apresenta uma receptividade calorosa por parte da guia Adriana, mas que, infelizmente, não é visitado com tanta freqüência.

Ao chegarmos a Viçosa do Ceará, fomos presenteados com uma visão maravilhosa do acervo arquitetônico que a cidade dispõe. Sede de eventos como Mel, Chorinho e Cachaça e Samba e Chope, Viçosa acolhe com uma receptividade peculiar, coisa que poucas cidades da Ibiapaba possui. A opulência aqui é exibida de forma camuflada.

A paisagem arquitetônica da cidade de Viçosa vai um pouco à contramão da sua história de origem. Cidade que foi, no século XVIII, a primeira aldeia de fundação jesuíta da região, tendo como principal mão-de-obra os próprios Índios que ali viviam. Hoje exibe, em sua totalidade, uma arquitetura colonial branca, deixando a figura do índio completamente esquecida.

Clóvis Beviláqua, cidadão viçosense, jurista, legislador, jornalista e por que não dizer Historiador? Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico e ainda é autor do projeto do Código Civil brasileiro de 1899, no entanto, nada disso é lembrado pelas ruas da cidade arquitetônica...

O Memorial Clóvis Beviláqua ocupa um espaço muito bem organizado e de teor estético muito bem conservado, no entanto, ocupa um local pouco visível dentro da cidade, exigindo dos funcionários uma divulgação maior, uma extensão maior do Memorial, para que possam, assim, atrair mais visitantes e externar a proposta do local, que é a pessoa de Clóvis Beviláqua e a sua importância para a cidade de Viçosa e para o resto do Brasil.

Instituto José Xavier, Granja.

Após o almoço, em Viçosa, embarcamos novamente, mas desta vez, com destino a cidade de Granja para visitarmos o Instituto José Xavier, onde, em 2009, foi publicado Artesões de Si, a coletânea de poesias de José Lira Dutra.

O acervo foi disposto, assim como na Casa da Memória de Tianguá, sob uma lógica evolutiva e o seu espaço físico foi muito bem aproveitado na composição e disposição do acervo. A casa dispunha em seu mostruário diversas peças do período do couro, além de peças de lazer pessoal, como discos, CDs e um desnorteado Pendrive, concluindo assim o ciclo evolutivo das mídias sonoras.

O local não disponibiliza guia para nortear as visitações, fazendo com que se perca o ar característico que um local de memória se dispõe a ser, no entanto, com isso é aberto a novas interpretações. O Instituto possui uma boa gama de colaboradores e projetos de inclusão comunitária, fazendo com este um excelente uso do espaço e um contato mais próximo com a comunidade.

O local foi fundado em uma casa de pé direito alto doado pela família José Xavier e mantido pela mesma, dando ao Instituto investimento que muitas vezes, as políticas públicas, acabam negando a lugares assim, como normalmente acontecem à Casa da Memória de Tianguá e, de forma mais branda, com o Memorial Clóvis Beviláqua.

Camocim...

Chegamos já no final da tarde e, em poucas horas, seguimos para jantar e fazer uma reflexão de tudo o que vimos até então, mas ainda não havia terminado este passeio, pois agora que adentramos os primeiros muros daquela cidade, durante muitos anos considerada a principal cidade portuária do Ceará, ainda precisávamos discutir Camocim como um local de Memória, mas primeiro teríamos de ser apresentados a uma cidade pouco visitada...

O nosso Tutor PET, Carlos Augusto, falando sobre a forma como Camocim nos seria mostrada, indagou em seu blog Camocim Pote de História com as seguintes palavras: O que mostrar em nossa cidade semelhante ao que já víamos nas outras cidades? Num átimo pensei: se não temos espaços de memória circunstanciados, organizados, vou mostrar o nosso jeito espontâneo de ser.

E foi sob esta óptica de micro-culturas que Camocim se abriu a nosso grupo e porque não deixar que ele mesmo fale por nós? Ele que viveu aquele evoluir e aquele se perder da História Camocinense nos foi guia. Nossas próprias conclusões arquitetônicas e culturais foram debatidas ao final do passei em um quiosque na Ilha do Amor, como assim será dito, no entanto isso cabe a nós que estava lá... e, com você, em suas próprias palavras... Carlos Augusto...

Comecei pelo Grijalba, onde lhes apresentei o "Mudo" garçom, recebendo a cerveja do caminhão para o final de semana e nos atendendo solícito. À noite, a moçada se rendeu aos pratos do Ponto 10 do Chef Ênio. Na volta para casa, encontramos o poeta Sotero no calçadão, embalando sua filha diante do Rio da Cruz. Apresentei o nosso poeta e ele nos brindou com declamações de sua melhor poesia. No sábado, de passagem pelo Mercado, posamos e colaboramos com a caixinha do cantor excepcional que anima as manhãs daquele espaço com grunhidos e criatividade que só os excepcionais são capazes. Mostrei-lhes o que resta do passado áureo denunciador do tempo do porto e da ferrovia, e de quebra, ainda vimos o Mauro Viana, pintando em seu ateliê. Tomamos um barco e fomos à Ilha do Amor saborear a muqueca de arraia, especialidade da amiga Valdete. Na volta, encontro e conheço Nagibe Melo, (desculpa as anedotas sem graça!) parente do Mauro Viana e leitor desse blog, que me dá uma notícia maravilhosa: a volta do Boi do Juriti. Ele presenciou a apresentação na casa do Júnior Bijouterias. Almoçamos novamentee no Ênio e lá encontro o Dr. Raimundo Silva, baluarte da Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras. Para ele, peço notícias de Olivar e lhe informo que participei de banca de monografia sobre o "Terra e Mar" de Carlos Cardeal. Voltei revigorado e,apesar dos alunos terem atestado o descaso para com a limpeza e o zelo para com a cidade, ainda temos o que mostrar. 



P.S: Ainda fomos conferir o blogueiro Tadeu Nogueira em "atividade", mas, parece que o homem tava prás bandas do Piauí... assim já disse Carlos Augusto...

Postado por:
Francisco de Sousa,
Bolsista PET.